Eu confesso que Jardim Botânico não era a primeira coisa que me vinha à cabeça quando pensava em Montreal. Antes disso ainda tinham o Parque Olímpico, a cidade velha e suas ruas francesas… mas agora devo admitir que Montreal não seria Montreal sem seu Jardim Botânico.
E não é visita obrigatória para turistas apenas por seu tamanho – 75 hectares – mas por suas organização e diversidade. Todo o parque é dividido em áreas temáticas, cuidadosamente pensadas para transmitir a sensação de passear por diferentes ecossistemas.
Logo de entrada me encantei com o Jardim Chinês, que não se limita apenas em reproduzir a arquitetura e o paisagismo de parques tradicionais da China, é quase um simulacro da própria China dentro de Montreal!
São 2,5 hectares dedicados somente a esse jardim, que foi contruído na década de 1990 com mão de obra especializada trazida de Shangai. As espécies plantadas também foram importadas da China. Foram necessários, ao todo, 120 containers para tarzer as mais de 500 toneladas de pedras do LagoTai, da província chinesa de Jiangsu.
Mas este foi apenas o primeiro jardim que visitei. Bem perto também está o The First Nations Garden (Jardim das Primeiras Nações), construído em 2001 para relembrar a cultura das comunidades indígenas canadenses e preservar espécies nativas.
Outro impressionante é o Alpine Garden, com pedras imponentes que abrigam espécies típicas das regiões de alpes. Para nós brasileiros, é algo muito diferente do que estamos acostumados a ver.
Eu poderia ainda escrever mais e mais sobre as surpresas que este Jardim reserva entre uma espécie e outra (como concertos de música clássica ao ar livre, por exemplo), mas acho que as fotos já falam por si mesmas: