Eu faço muita coisa.
E digo isso porque faço muita coisa mesmo.
Desde que larguei meu emprego no mundo corporativo sabia que a liberdade não significava não trabalhar. Significava apenas escolher em que trabalhar, com quem trabalhar e, principalmente, o que não fazer com a minha vida.
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Eu trabalho muito, mas sou feliz. E isso é o que talvez muitas pessoas não entendam.
As pessoas costumam ter uma visão de que trabalho é sinônimo de obrigação (e é, a gente precisa trabalhar para se sustentar) e que isso implica que sempre será ruim trabalhar.
Eu nunca acreditei nisso.
[instagram-feed]Antes de eu entrar na faculdade de Jornalismo já se falava muito das dificuldades da profissão. E de fato é bem corriqueiro ver cortes e mais cortes em redações. Não é fácil mesmo ser jornalista em tempos atuais.
Mesmo assim nunca pensei em fazer outro curso. Nunca entrou na minha cabeça a ideia de trabalhar em algo apenas pelo dinheiro.
E veja bem, dinheiro é importante sim! Eu amo dinheiro, sou consumista e gosto de coisas – digamos – boas, lol. Detesto quem romantiza a pobreza ou tem discurso de que fazer dinheiro é algo ruim.
Mas para mim, tempo é uma moeda mais preciosa porque a gente nunca vai ter mais dela do que já temos.
Quanto ao dinheiro, eu posso dar um jeito. E é isso que tenho feito há 4 anos e meio.
A lição mais valiosa que aprendi nesse tempo é que devemos fazer os movimentos certos na hora certa. Aprendi que tinha que diversificar minha renda, que tinha que sempre tentar algo novo e deixar para trás tão logo percebesse que não valia a pena.
São quatro anos de erros e acertos. E de liberdade.
E chegou a hora de fazer um movimento um tanto brusco, que dá um frio na barriga e talvez espante muita gente. Chegou a hora de realmente “sair” do Brasil.
Quem acompanha meus vídeos sabe que sou defensora de pensar a vida em ciclos e evitar olhar para trás.
Acho que quando deixamos nosso país, precisamos focar em construir nossas vidas no novo lugar, entender que nossa realidade é outra.
[instagram-feed]Então sempre antecipei na minha cabeça que um dia chegaria o momento de cortar meu último vínculo com o Brasil: trabalho.
Não apenas por uma filosofia de vida, mas também por questões financeiras e práticas.
Está cada vez mais complicado atender ao mercado brasileiro. A conversão de moedas faz meu trabalho ficar desvalorizado em relação a quem trabalha aqui no Canadá.
Quer estudado no Canadá? Então seu projeto começa aqui.
Fora que há inúmeros outros entraves: trazer dinheiro do Brasil para cá também corta uma boa fatia do meu faturamento. Agora que sou residente permanente no Canadá, preciso pagar imposto nos dois países.
Sem falar que, me desculpe pela franqueza, mas depois que você passa a utilizar serviços daqui você fica cada vez mais insatisfeito com a precariedade da infraestrutura no Brasil.
Enfim, há alguns meses venho investindo meu tempo em trabalhar para o mercado norte-americano e ver a facilidade que temos para empreender aqui só confirmou minhas expectativas.
A partir de maio, não terei mais serviço de consultoria para o mercado brasileiro. É claro que se me procurarem eu atendo, mas o que quero dizer é que vou paralisar as campanhas de Marketing, podcast, newsletters, etc.
Em maio também devo testar uma nova ideia, essa já para o mercado norte-americano e no formato de e-commerce.
O Cris e eu continuaremos trabalhando no Segue.ai, um projeto conjunto de nós dois que está em fase beta.
Quer estudado no Canadá? Então seu projeto começa aqui.
Também continuarei produzindo vídeos em português e vlogs semanais. Claro que também continuarei com o blog.
Mas cada vez mais canalizarei meus esforços para conteúdo em inglês já que tenho encontrado muito mais chances de monetização nessa língua.
Bom, o futuro eu não sei, mas você saberá quando eu souber, já que sempre venho contar tudo aqui.
No mais, só gostaria de terminar dizendo que estou bastante empolgada com meus planos para maio. Mas isso é assunto para outro post…
