Há pouco mais de um ano mudei a direção da minha vida (contei isso aqui).
De lá para cá, aprendi muitas lições, mas acho que a mais importante foi a de que se existe uma única direção a seguir, é a direção para onde aponta o seu coração neste momento. Sim, NESTE momento. Pode ser diferente daqui a cinco minutos.
Posso dizer que sou uma pessoa fora dos padrões, sempre fui. O que não posso dizer é que sempre me orgulhei disso. Uma pena, deveria ter tido mais orgulho de mim mesma. Porque no fim das contas, agora percebo que eu tinha movitos para me orgulhar.
E “fora dos padrões” me refiro a nunca tentar me encaixar no que as pessoas esperam de mim. Sempre fui muito questionadora (outra caratcerística que deveria ter me enchido de orgulho há mais tempo) e curiosa, o que me levou a ter experiências diversificadas na minha vida. Já morei fora, já voltei, já vou morar fora de novo… minha vida nunca está definida.
Por isso, sempre tive que ouvir algumas críticas – muitas delas que nem faladas eram, apenas sugeridas – e já me senti muito culpada por não ser o “padrão”. Culpada por não gostar do que a maioria gosta, por não achar que amigo pode ser qualquer um ou por gostar mais de um avião que de uma casa.
Mas enfim, hoje me importa cada vez menos os julgamentos dos outros (mas não vou mentir, preeriria que não existissem) e acho que, em grande parte, porque sinto como se tivesse provado meu ponto de vista. Não segui o caminho de ninguém e hoje amo o caminho que segui.
E um dia desses pensando nisso fiquei me qustionando quantas pessoas têm a sorte de poder dizer isso. De poder desafiar o que querem para ela e construir um futuro por si só. Sei lá, só estava pensando nisso, em como queria se as pessoas soubessem que elas podem confiar nelas mesmas, que, no geral, elas estão certas em suas decisões. Mas somente nas decisões em que seguem seu coração.